Confira como foi o mercado em Setembro
Setembro foi um mês que constatou contínuo enfraquecimento das economias emergentes, o que levou o mercado a precificar um forte aumento no risco de crédito desses países, devido aos dados muito fracos de atividade – que resultou uma depreciação das moedas contra o dólar.
A confirmação da perda do Investment Grade do Brasil, na classificação da agência S&P, trouxe grande volatilidade para o mercado brasileiro. Além da forte alta da taxa de câmbio, chamou à atenção a abertura significativa das taxas de juros futuros, tanto nominais quanto reais. Diante disso, as posições de risco de mercado em Renda Fixa foram bastante afetadas.
Apesar da perspectiva de maior inflação no futuro (as expectativas de mercado para a inflação em 2016 subiram para cerca de 6%), o Banco Central vem sinalizando que, mesmo com a forte depreciação do câmbio, não será necessária uma maior reação da política monetária, talvez porque já estejamos à beira da dominância fiscal.
Em relação aos valores dos índices no ano, o INPC já acumula 8,24% e o IPCA apresenta 7,64%. Devido ao aumento das taxas de juros de longo prazo, o IMA-B 5+ (índice composto pelas NTNBs com prazo superior a 5 anos para o vencimento) apresentou rentabilidade negativa (-1,63%) pelo quarto mês consecutivo, acumulando 0,45% no ano, enquanto o CDI apresenta rentabilidade acumulada de 9,55% e o índice IMA-B (composto pelas NTNBs de todos os prazos) acumulou 3,49%. Com essa alta de expectativa futura dos juros muito além do esperado pelo mercado, parte dos fundos de renda fixa utilizados pela FUNEPP está abaixo dos seus benchmarks em 2015, assim como a maioria dos fundos de gestão ativa no mercado.
A renda variável local também foi afetada pelos novos dados de enfraquecimento da economia brasileira, refletindo numa rentabilidade do IBrX igual a -3,11% no mês e acumulando -8,66% no ano. O nosso fundo de gestão passiva vem acompanhando o benchmark, com a performance levemente superior ao índice. Já o novo fundo de renda variável com gestão ativa que iniciamos em agosto, entregou 0,16% de retorno em setembro, superando a meta (IBrX + 3% a.a.) nos seus dois primeiros meses de vida. Os fundos de renda variável Global e Europa apresentaram os melhores desempenhos dentre as nossas estratégias (superando, inclusive, seus benchmarks), porém o fundo de ações da bolsa americana apresentou retorno negativo, em linha com seu benchmark. Já o fundo multimercado do tipo hedge fund em que investimos, também excedeu o seu benchmark e contribuiu para a rentabilidade positiva de todos os nossos planos no mês.