Confira como foi o mercado em Outubro

 Apesar de as crises política e econômica se manterem no cenário, o mês de outubro foi mais tranquilo, sob a ótica de resultados no mercado financeiro, talvez revertendo parte do “exagero” a que assistimos nos meses de agosto e de setembro, sendo marcado por uma expressiva queda da volatilidade dos mercados em relação aos meses anteriores. Houve melhora nos ativos de risco nos mercados globais, que levou a uma valorização das principais moedas de países emergentes.

No mercado local, segue dominante a visão de queda da atividade econômica e piora da percepção da situação fiscal. Neste cenário podemos adicionar uma dinâmica inflacionária que segue pressionada, e cada vez apresenta menor expectativa de arrefecimento. O INPC já acumula 9,07% no ano e o IPCA apresenta 8,24%. As projeções do Banco Central para inflação também apresentaram deterioração, e se situam acima do centro da meta de inflação para o ano de 2016. A curva de juros nominal apresentou certa estabilidade e a curva de juros real apresentou uma queda nas taxas, com destaque para a parte longa da curva. 

Com essa queda nas taxas de juros reais de longo prazo, o IMA-B 5+ (índice composto pelas NTNBs com prazo superior a 5 anos para o vencimento) apresentou rentabilidade positiva, após 4 meses de retorno negativo no ano, sendo no mês (2,63%), acumulando 3,14% no ano, enquanto o CDI apresenta rentabilidade acumulada de 10,76% e o índice IMA-B (composto pelas NTNBs de todos os prazos) acumulou 6,15%. Nossos fundos de renda fixa acompanharam esse movimento e, de uma forma geral, apresentaram rentabilidades alinhadas aos seus benchmarks.

Em relação ao mercado de Renda Variável, embora as bolsas ao redor do mundo tenham se recuperado em outubro, a brasileira continuou performando pior que seus pares internacionais. Ainda assim, o volume de entrada de estrangeiros na bolsa local voltou a colaborar com o desempenho do mercado. O IBrX apresentou retorno de 1,36% em outubro, fazendo com que o desempenho do índice no ano seja de -7,42%. O nosso fundo de gestão passiva continua acompanhando o benchmark, sendo que o fundo de ações com gestão ativa atingiu 2,90% de retorno em outubro, superando fortemente a sua meta (IBrX + 3% a.a.). O fundo de ações da bolsa americana apresentou o melhor retorno mensal (9,32%) entre todas as nossas estratégias e os fundos de renda variável Global e Europa apresentaram desempenhos bastante positivos também (superando, inclusive, seus benchmarks).