Confira como foi o mercado em Agosto

Os mercados globais apresentaram volatilidade significativa em agosto devido às preocupações de que a desvalorização da moeda na China indique uma desaceleração econômica mais profunda do que o previsto, provocando fortes quedas nas bolsas de valores em todo o mundo.

No Brasil, o PIB do 2º trimestre revelou contínua contração da economia brasileira, que recuou 1,9% entre os meses de abril e junho, pior até do que as expectativas do mercado. O cenário de atividade fraca, afeta diretamente os ajustes nas contas externas e o mercado de trabalho. Em relação à politica monetária, a ata do COPOM manteve a taxa básica de juros em 14,25% ao ano.

Em relação aos valores dos índices no ano, o INPC já acumula 7,69% no ano e o IPCA apresenta 7,06%. Devido ao aumento das taxas de juros de longo prazo, o IMA-B 5+ (índice composto pelas NTNBs com prazo superior a 5 anos para o vencimento) apresentou novamente rentabilidade negativa no mês (-4,59%), acumulando 2,15% no ano, enquanto o CDI apresentou rentabilidade acumulada de 8,37% e o índice IMA-B (composto pelas NTNBs de todos os prazos) acumulou 4,20%. O IBrX caiu -8,25% em agosto, fazendo com que o desempenho do índice no ano ficasse em -5,74%.

A alta dos juros futuros provocou rentabilidade negativa nos títulos de longo prazo, o que impactou nossos fundos de renda fixa ativa, apresentando desempenho abaixo de seus benchmarks. Já na renda variável, nossa rentabilidade foi ligeiramente acima do IBrX (índice composto pelas 100 ações mais líquidas da bolsa de valores), porém ainda negativa no mês de agosto. Outra estratégia que impactou negativamente as performances foi o nosso fundo multimercado estruturado, que apesar do bom desempenho no ano, apresentou rentabilidade de -4,62% no mês de agosto, lembrando que as principais estratégias deste fundo são juros, câmbio e bolsa. Em um mês em que os principais mercados de negócios apresentaram grande volatilidade, o destaque positivo de rentabilidade da estratégia de moedas (com valorização do Dólar perante o Real) não foi suficiente para compensar o recuo das estratégias de renda variável (com realização das bolsas internacionais) e de juros (abertura substancial nos cupons de juros das NTNs-B). 

Ainda, durante o mês de agosto realizamos algumas alterações de estratégias, visando uma maior diversificação dos nossos investimentos e buscando maiores retornos no longo prazo. Contratamos um novo gestor especialista em renda variável, dividindo os recursos nesse segmento em dois gestores. Também incluímos dois fundos de ações internacionais: um fundo de ações globais e um fundo de ações em empresas europeias.