No mês de junho, nos EUA, a perspectiva de retomada do ciclo de alta de juros foi, novamente, postergada, tendo como decisão unânime manter a taxa entre 0,25% e 0,50% ao ano. As justificativas são que o ritmo de melhora do mercado de trabalho perdeu força na aceleração das atividades (criação de vagas – 38 mil – bem abaixo da expectativa de criação – 160 mil vagas) e também devido ao aumento da aversão ao risco dada a saída do Reino Unido da União Europeia, implicando na diminuição da liquidez no mercado global e no fortalecimento do dólar nos próximos meses.
Decisão conhecida como ‘Brexit’: Na Europa, o Reino Unido votou por sair da União Europeia (51,9% dos britânicos favoráveis). Com isso, pode ser o primeiro país a deixar o bloco europeu desde sua fundação em 1993. O resultado levanta dúvidas relacionadas às implicações econômicas e políticas em toda a Europa. Além do impacto direto para o comércio e emprego da região, devido à revisão de acordos comerciais entre Reino Unido e União Europeia, o mercado deve conviver com a possibilidade de movimentos separatistas ganhando força na Europa. Esse cenário de incerteza quanto ao futuro da região causou uma forte aversão ao risco nos mercados globais após o resultado oficial.
No Brasil, em termos de política monetária, o Copom manteve em unanimidade a taxa Selic em 14,25% ao ano. Em sua comunicação, o banco central sinalizou que não há espaço para a flexibilização da política monetária.
Em relação aos valores dos índices no ano, tanto o INPC fechou 0,47% no mês de junho, acumulando 5,09 % em 2016 e o IPCA 0,35 % no mês, acumulando 4,42 % no ano. O IMA-B 5+ (índice composto pelas NTNBs com prazo superior a 5 anos para o vencimento) apresentou rentabilidade positiva no mês, sendo 2,57 % devido à queda das taxas de juros, acumulando 20,82% no ano, enquanto o CDI apresentou rentabilidade de 1,16% em junho, acumulando 6,72% em 2016 e o índice IMA-B (composto pelas NTNBs de todos os prazos) apresentou 1,93% em junho, acumulando 16,15 % no ano. O IBrX apresentou retorno positivo de 6,48% em junho, acumulando 17,74% no ano.
Dentre os planos da FUNEPP, o desempenho de todos os planos está acima da mediana de mercado. Os planos PAP II e PAN apresentaram rentabilidade de 8,63% no acumulado do ano até o mês de junho, o que representa aproximadamente 106% dos seus benchmarks e 120% da mediana de mercado para planos CD. O Plano PAP atingiu até o mês de junho, rentabilidade de 7,77%, igual a 99% da meta atuarial e 108% da mediana de mercado para planos CV.
